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domingo, 31 de julho de 2011

Debatem do “Índice Guia” de Avaliação de Desempenho acontecem em Capela e Aracaju

Os debates que o SINTESE vêm realizando sobre o “índice guia” de avaliação de desempenho do Governo Déda estão revoltando os professores da rede estadual. Neste sábado, 30 de julho, os debates aconteceram no município de Capela e Aracaju. Em Capela a discussão aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Já em Aracaju os professores reuniram-se na Escola Estadual Jacson de Figueiredo. Fica claro, nos debates, que esse instrumento que o Governo Déda quer avaliar o desempenho dos professores da Rede Estadual é irreal e visa apenas assediar alunos, professores e direção escolar.

A direção do SINTESE está realizando os debates nos municípios a partir das demandas apresentadas pelos professores. Portanto, cabe aos companheiros e companheiras dialogarem com seus colegas de trabalho e entrarem em contato com a direção para agendar as discussões de mais um “pacote” que o Governo quer impor na rede estadual. Para a Vice-Presidenta do SINTESE Maria Barroso, a resistência dos professores nas escolas em não aceitar em modelo imposto é crucial para sermos vitoriosos nessa luta de resistência a esse modelo de avaliação preconceituoso, excludente e punitivo.

Além disso, o modelo de avaliação pretende trazer para dentro das escolas estaduais a iniciativa privada numa clara intenção do Governo do Estado em privatizar o ensino público e numa demonstração de que o Governo não quer mas assumir a manutenção das escolas estaduais.

O Governo já quer iniciar a avaliação dos professores

O processo de avaliação de desempenho dos professores e direção escolar já iniciou nas escolas. As Diretorias Regionais estão obrigando os diretores, que estão sendo avaliados, para obrigarem os professores a postarem na internet o planejamento com o CPF dos professores. A direção do SINTESE orienta que os professores não faça isso e entregue o Plano de Curso em papel como sempre fizemos, bem como não permitam que as direções das escolas usem o CPF dos professores para fazerem a postagem. Resistir é crucial para que o Governo Déda abra uma ampla discussão sobre o modelo de avaliação que interessa a Rede Estadual.

Novos debates

Os professores que ainda não participaram dessa discussão e não conhecem o “índice guia” de avaliação de desempenho do Governo Déda devem entrar em contato com a direção do SINTESE ou Coordenação das Sub sedes regionais para agendar as discussões em seu município ou sua escola.

Debates agendados

• Dia 01 de Agosto: a partir das 9h no Colégio Dom Luciano em Aracaju;
• Dia 02 de Agosto: a partir das 15h no Colégio Dom Luciano em Aracaju;
• Dia 04 de Agosto: a partir das 08:30h em Lagarto
• Dia 06 de Agosto: a partir das 09h em Aquidabã

segunda-feira, 25 de julho de 2011

MÚSICO SERGIPANO JOÃO DA PASSARADA É DESRESPEITADO NO FORRÓ SIRI 2011


O desrespeito com o artista sergipano João da passarada no forró siri foi demais! vejam o que aconteceu. Primeiro a organização da festa passa o roteiro para o artista com a ordem das apresentações e o horário que iriam começar. Pediram a ele que não levasse bateria porque no local do evento já teria o instrumento para ele poder se apresentar com sua banda. Ao chegar no local, o instrumento estava lá porém pertencia a banda do cantor Leonardo, que não o liberou, apoderando-se inclusive do palco, impedindo o artista de se apresentar ali, e assim seguir a ordem correta das apresentações sem atrapalhar o andamento da festa.

Resultado: pede a bateria emprestada ao baterista da banda da comunidade, que no primeiro instante negou o instrumento, emprestando-o somente depois de muita conversa com senhor Léo Viana, um dos produtores da Calcinha Preta, que é a empresa que organiza a festa do forró Siri. Após ter resolvido o problema com a bateria, surgiu um problema de camarim porque nem a comunidade que canta e nem o artista João da Passarada tinham direito a camarim, uma vez que os 4 camarins existentes naquela festa estavam a disposição da banda Calypso e o cantor Leonardo.

Resolvida a situação do camarim e já com o show em andamento, os todos poderosos do Calypso chegaram ao local do evento, começando assim uma estressante sessão de manda parar o show. Os produtores da banda Calypso faziam sinais para o cantor João da Passarada, ordenando que ele parasse naquele exato momento! O que se seguiu foi uma vergonha maior ainda para o artista sergipano.

Um dos produtores chegou até a mim, que toco acompanhando o cantor João da passarada, e me perguntou o seguinte: "Quem autorizou você a usar este amplificador?" Respondi que só havia plugado o meu equipamento e estava usando o amplificador porque, além da banda anterior ter feito o mesmo, eu não sabia que o amplificador da marca Roland jazz Chorus era de propriedade de seu Chimbinha da banda Calypso já que o sr Ricardo Sá também tem um amplificador igual àquele. Mesmo me justificando e sabendo que estávamos tocando a última música, a pedido dos mesmos, o produtor da banda Calypso simplesmente desligou o amplificador e cortou o sinal do som da guitarra que estava saindo no P.A. A mesma coisa aconteceu com o instrumento do Acordeonista, ficando o som apenas no retorno de palco.
O desrespeito foi tamanho que o show durou apenas vinte minutos.

É lamentável que artistas de nome sejam mais valorizados que os artistas da terra, e ver, numa realidade cada vez mais absurda, que quem manda nos eventos são esses empresários do meio artístico que preferem "abrir as pernas" bajulando esses figurões, e não quem realmente luta pela cultura do São João em Sergipe. Prefeito Fábio Henrique a organização de sua festa é um fiasco, sua secretaria de Cultura não funciona, não sabe organizar nada, pois se soubesse, não deixaria nas mãos do todo poderoso da Calcinha Preta que também não teve voz ativa em favor do Artista da terra. Respeite o artista sergipano, Sr. Fábio Henrique!!!!!!!!!

domingo, 24 de julho de 2011

Comissão da Verdade para apurar os crimes da ditadura civil-militar no Brasil


Tramita no Congresso Nacional projeto de lei nº 7.376 de 20 de Maio de 2010 que cria a Comissão da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República. O objetivo dessa comissão será examinar e esclarecer as graves violações de direitos humanos ocorridas contra brasileiros e estrangeiros no período da Ditadura civil-militar (1964 a 1988) no Brasil. A comissão não terá caráter punitivo, mas será fundamental para os familiares dos mortos, estuprados, torturados e desaparecidos possam ingressar com ação na justiça pedindo a punição dos torturadores/assassinos e seus financiadores.
O Brasil é o único país sul-americano que ainda não criou a comissão da verdade para apurar os crimes ocorridos nesse período nefasto da história. A existência de ditadura militar foi uma política adotada pelas nações capitalistas coordenadas pelos Estados Unidos para os países subdesenvolvidos no período da Guerra Fria (1945 a 1992). Nesse período, os países capitalistas implementaram no mundo políticas diferenciadas: para as nações desenvolvidas foi implementado o estado de bem-estar social (Welfare State) que transformou o Estado em protetor e defensor das políticas sociais para garantir qualidade de vida ao povo. Já nas nações subdesenvolvidas, que são a maioria dos países, foi imposto ditaduras militares para manter a desigualdade social, a concentração de renda e de terra, o controle das riquezas pelas empresas multinacionais, a corrupção e as condições de miséria e pobreza inalterada.

Em relação aos crimes cometidos pela ditadura civil-militar no Brasil, o país foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos da organização dos Estados Americanos-OEA que, na sentença, está obrigando o Brasil a criar a comissão da verdade. Em 24 de Novembro de 2010, o país foi condenado, por unanimidade, no julgamento do caso da Guerrilha do Araguaia (1972 a 1975). A Corte julgou que é inaceitável a concessão de anistia aos torturados/assassinos e os financiadores da ditadura. O país será obrigado a apresentar a corte, num prazo de um ano, relatório sobre a execução da sentença, ou seja, sobre a punição que foi aplicada aos torturadores/assassinos e seus financiadores.

O Brasil também está sendo pressionado pela ONU-Organização das Nações Unidas. Para a ONU, as evidências de torturas, assassinatos, estupros, assédio e todo tipo de crimes contra os direitos humanos, obriga a justiça brasileira a realizar ampla investigação e punição aos torturados/assassinos. A ONU teve acesso a três (03) caixas de informações fornecidas pelo Conselho Mundial das Igrejas que através do projeto Brasil nunca mais microfilmaram milhões de páginas de processos contra brasileiros e estrangeiros do Superior Tribunal Militar-STM. Nos documentos estão identificados 242 centros de torturas no país. Para a ONU a investigação e a punição aos torturados/assassinos e seus financiadores é uma obrigação. A punição aos torturadores é uma questão de justiça social de modo que o país não se transforme no único da América Latina a manter seu passado abafado.

O jornal argentino página 12 teve acesso a documentos secretos da ditadura argentina e descobriu indícios que o ditadores/assassinos brasileiros juntos com outros de países sul-americanos Chile, Argentina, Paraguai e Uruguai seqüestraram e assassinaram, em parcerias, cidadãos brasileiros na formosa Operação Condor.

No livro “1964 - A conquista do Estado” o professor René Dreifuss aponta a criação do IPES (Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais), uma organização político-militar composta pela elite defensora dos interesses estrangeiros das multinacionais. Nesse acordo, a elite formou um poderoso aparelho de classe que financiaram a criação de grupos paramilitares de direita e definiam as ações dos torturadores/assassinos contra os militantes da classe trabalhadora: padres, estudantes, professores, médicos, donas de casas, trabalhadores rurais, operários e dirigentes sindicais.

O livro lista esses financiadores da ditadura civil-militar no Brasil a exemplo de Teobaldo de Niguis presidente da FIESP e Boilesen presidente da Ultragás. Os homens-chave dos grandes empreendimentos industriais, financeiros e dos interesses multinacionais acumularam vários postos na administração e definição das políticas dos governos ditatoriais. “A maioria dos empresários que ocupava cargos-chave estavam envolvidos em atividades comerciais privadas, relacionadas de perto com suas funções públicas. (pág. 481)”.

A participação de empresários no esquema de repressão e extermínio de militantes de oposição sempre foi tratada como tabu histórico, sob a alegação de ser uma demonstração de revanchismo. O financiamento para a repressão em todos os países contou com vultosas verbas do governo. Além disso, na Argentina, Brasil e Chile, houve o financiamento de centros de tortura por empresários, que até mesmo participavam de sessões de tortura. Esses empresários são tão criminosos quanto os executores das sessões de torturas, estupros, assédio, assassinatos, ocultação de cadáveres e prisões. Para ONU e OEA todos precisam ser investigados e punidos como criminosos.

Entretanto, a aprovação do projeto de lei nº 7.376 que tramita em regime de urgência tem enfrentado resistência dos deputados e senadores apoiadores dos assassinos/torturadores.
A existência de poderosas forças contrárias à criação da Comissão da Verdade está criando dificuldades. Esses empresários que, hoje pousam de “bons moços” não querem que o povo brasileiro saiba que financiaram o crime organizado/legalizado no Brasil contra cidadãos inocentes que apenas lutavam para que a população brasileira tivesse melhores condições de vida: emprego, terra para trabalhar, casa para morar, educação e saúde.

Uma demonstração do medo desses empresários financiadores da ditadura civil-militar foi o comportamento do deputado federal Jair Bolsonaro na audiência pública na Comissão de Direitos Humanos. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), militar da reserva conhecido por expor abertamente opiniões conservadoras, foi ao debate defender duas mudanças na Comissão da Verdade. O grupo deveria ter números iguais de civis e militares e foco até 2002, para apurar a tortura e a morte do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, que era do PT. Pessoas ligadas ou pertencentes às Forças Armadas certamente apoiariam a primeira sugestão, mas familiares de mortos e desaparecidos não aceitam a presença de militares nas investigações.

O procurador Marlon Weichert, que coordena na Procuradoria Federal de Direitos do Cidadão o grupo “Memória e Verdade”, defendeu mudar o projeto do governo que cria a Comissão da Verdade, para que ela tenha foco na ditadura militar, mais prazo para trabalhar, mais integrantes e que nenhum integrante seja das Forças Armadas ou parentes de mortos e desaparecidos. As sugestões foram feitas durante audiência pública realizada na quarta-feira (29 de junho de 2011) na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Foi o primeiro debate do projeto desde que o ex-presidente Lula enviou-o ao Congresso, em abril de 2010.

O texto do governo institui uma comissão de sete membros, que teria dois anos para entregar um relatório sobre violação de direitos humanos praticadas entre 1964 e 1988. A abrangência das investigações foi determinada com base em artigo da Constituição de 1988 que concede anistia a perseguidos políticos. Segundo o procurador Marlon Weichert, é pouco tempo para num período de 02 anos 07 integrantes produzirem um relatório de tamanha importante. A mais famosa comissão da verdade da história, instalada na África do Sul depois do regime racista do Apartheid, tinha 200 membros.

Em Sergipe foram graves as violações de direitos humanos na conhecida Operação Cajueiro que se iniciou numa noite de carnaval 20 de fevereiro de 1976 com as prisões e torturas de líderes do Partido Comunista Brasileiro-PCB, líderes sindicais e líderes estudantis. O Quartel do 28º Batalhão de Caçadores havia sido ocupado por tropas federais que se deslocaram da Bahia, juntamente com membros da Marinha e da Polícia Militar de Sergipe. Os presos políticos tiveram os olhos encobertos com uma venda de borracha para que não reconhecessem os torturadores que deixaram marcas profundas a exemplo de Milton Coelho que ficou cego resultado das torturas que sofreu nos porões do 28º Batalhão de Caçadores situado no Bairro 18 do forte em Aracaju.

A criação da Comissão da Verdade será fundamental para que o país conheça quem foram esses torturadores e assassinos que cometeram as mais diversas formas de crimes contra cidadãos brasileiros que eram acusados pelo fato de estarem lutando por uma vida melhor para todos os brasileiros.

domingo, 17 de julho de 2011

Professores debatem Avaliação de Desempenho na Rede Estadual





O SINTESE vem realizando debates, por todo Estado, sobre o “índice guia”, instrumento utilizado pelo Governo Déda para avaliar o desempenho dos professores da Rede Estadual. Os debates iniciaram no dia 01 de Junho quando foi realizado o primeiro estudo coletivo no Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe com grande participação dos professores. Nesse encontro, os professores presentes construíram um documento que foi apresentado e aprovado em Assembléia da categoria realizada no dia 03 de Junho.

A partir daí, os debates multiplicaram-se pelo Estado: Estância, Itabaiana, Tobias Barreto, Aracaju, Simão Dias, Ribeirópolis, Neópolis entre outros municípios. Os professores da Rede Estadual estão saindo dos encontros revoltados diante do pacote de maldades presente no “índice guia” de avaliação de desempenho do governo Déda. A avaliação visa oficializar o assédio moral de professores e alunos da Rede Estadual.

Para assediar os alunos, o Governo Déda quer obrigar os “professores a identificarem em sala de aula os alunos ‘avançados’ e os alunos ‘atrasados’. Essa proposta de tratamento diferenciado para esses dois grupos de alunos. Essa proposta é preconceituosa, excludente e constrangedora, além disso, os alunos rotulados de ‘avançados’ podem fazer reforço dos ‘atrasados’.

Para assediar os professores o Governo Déda quer classificar “professores de excelência” de professores rotulados de “insuficientes” dentro das escolas. E ainda, os “professores de excelência” podem realizar assessoramento nas turmas dos professores “insuficientes”. Os professores de “excelência”, para manter essa classificação, serão obrigados a fazer reforço individual aos alunos no turno contrário impedindo-os de terem dois vínculos.

Questões graves estão postas no “índice guia” como a obrigação das escolas estaduais fazerem parcerias com empresas privadas. Essas empresas, com isso, ficarão livre para indicarem um gerente que irá intervir nas escolas, perseguindo os professores. Isso significa que o sucesso ou o fracasso da escola é única e exclusiva responsabilidade da escola: equipe diretiva e professores, caso não façam parcerias com as empresas. Essa é uma clara demonstração que o Governo Déda não quer mas assumir a manutenção das escolas estaduais.

Os professores estão revoltados com essa avaliação do Governo Déda e estão fazendo o debate com os colegas em todas as escolas estaduais, inclusive reunidos alunos e pais para explicar como o Governo quer assediar os alunos. A resistência de professores, alunos, pais e mães é fundamental para impedir que o Governo queira acabar com autonomia dos professores e constranger os alunos.

Novos debates
Os professores que ainda não participaram dessa discussão e não conhecem o “índice guia” de avaliação de desempenho do Governo Déda devem entrar em contato com a direção do SINTESE ou Coordenação das Sub sedes regionais para agendar as discussões em seu município ou sua escola. “A resistência dos professores das escolas estaduais, juntamente com pais e alunos, é crucial para impedimos a concretização dessa maldade que o Governo está tentando impor nas escolas de Sergipe”, afirmou o diretor da Base Estadual Roberto Silva dos Santos.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Prefeito Edvaldo Nogueira dá calote no magistério



Os professores da Rede Municipal de Aracaju vestiram essa camisa no ato realizado hoje pela manhã em defesa do piso salarial para todos os professores.