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quarta-feira, 26 de junho de 2013

O povo nas ruas, é hora de mudanças!


A luta que mobiliza milhares de brasileiros vem sendo tema de debates em todo país. Todos vêm tentando entender o que querem os milhões de jovens, organizados, ou não, em movimentos sociais que estão realizando manifestações cobrando mudanças. Esses movimentos iniciaram, com mais força, a partir da luta contra o aumento da passagem no transporte coletivo em várias cidades do país.

O movimento dos jovens, inicialmente, sofreu forte repressão policial e o silêncio na imprensa golpista, entretanto o início da copa das confederações e a presença, no país, da imprensa esportiva de todo mundo, os atos começaram a ser divulgado e terem repercussão em todo mundo. Tal situação obrigou o PIG – Partido da Imprensa Burguesa a divulgar os atos e a repressão policial.

Nesse cenário, os atos organizados pela juventude podem ser considerados como um mural do facebook onde todos defendem a pauta que querem. Essas pautas apontam para questões que precisam ser priorizadas pelos movimentos para pressionar por mudanças. Todas as questões caminham pela necessidade de ampliação das políticas públicas que promovam distribuição de renda com qualidade de vida.

Vale destacar que essas manifestações são expressão de uma insatisfação social organizada e promovida, especialmente, pela juventude urbana. São esses jovens são sofrem nas periferias dos centros urbanos pela ausência de políticas públicas de educação, saúde, segurança, habitação, saneamento, esporte e lazer que exigem políticas públicas imediatas.

São movimentos que estão em disputa e esse é o momento do movimento sindical e social organizado colocar a pauta histórica de reinvidicação dos trabalhadores. Entretanto, vale salientar que as elites conservadoras também disputam os movimentos com pautas conservadores e preconceituosas. Combater essas propostas conservadoras faz parte desse momento de disputa. Uma das questões emergenciais que vem sendo discutido nas ruas é a redução da tarifa de ônibus, a municipalização/estatização do transporte coletivo e o passe livre para estudantes.

Mas outras bandeiras de lutas que os trabalhadores vêm defendendo nas manifestações e que precisam ser priorizadas é a reforma política de modo que acabe o financiamento privado de campanha que coloca na disputa os candidatos de forma desigual, ou seja, aqueles que recebem financiamento das empresas ficam em vantagens e quando ganham eleição, geralmente comprando voto, estão a serviço dos empresários e não dos trabalhadores. É necessário que os trabalhadores, jovens, aposentados, donas de casas possam candidata-se e ter as mesmas chances do empresário no processo de disputa eleitoral. Esse processo passa pelo financiamento público de campanha.

Uma questão central nessa disputa é a reforma tributária que os empresários defendem, ainda mais, a política de redução de impostos. Essa medida é prejudicial à população trabalhadora que terão a redução das políticas públicas de educação, saúde, habitação, saneamento, segurança, esporte e lazer, pois se o Estado arrecada menos não terá dinheiro para melhorar a vida dos mais pobres/trabalhadores. A redução de impostos, defendida pelos empresários, impede o Estado brasileiro de investir em políticas públicas para o povo. Uma reforma tributária justa deve garantir que aqueles que ganham mais possam pagar mais impostos, bem como ocorra a taxação das grandes fortunas e das transações financeiras, de modo que a arrecadação de impostos aumente para que o Estado brasileiro possam investir em políticas públicas que garantam qualidade vida digna para o povo em geral.

A democratização dos meios de comunicações é crucial nesse processo de mudança para garantir o acesso da população às informações de forma parcial. Atualmente apenas 06 (seis) famílias controlam como as informações chegam às lares dos brasileiros e essas informações estão a serviço dos interesses do capital e não dos trabalhadores.

Vale destacar como cruciais nessas reinvidicações é a reforma agrária e urbana, o combate ao trabalho escravo, bem como o confisco das terras que realizam trabalho escravo para reforma agrária ou áreas de interesses sociais urbano. A regulamentação pelo Brasil da convenção da OIT nº 151 que regulamenta a obrigatoriedade da negociação coletiva no setor público e a convenção nº 158 que proíbe as demissões imotivadas no setor privado, bem como fim do fator previdenciário que penaliza os trabalhadores quando se aposentam.

A pauta é longa e a disputa também. Para vencer esta disputa teremos que combinar ação de governo mais ousadas e conciliadas com as reinvidicações sociais de modo a combater as classes conservadoras e seus meios de comunicações. O momento é agora para que o país possa passar pelas mudanças que todos os brasileiros sonharam com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder.

A hora é agora, pois em momentos de crises a disputa acentua-se e depende da convergência de forças entre as forças conservadoras de direitas e as forças de esquerda para colocar na mesa a pauta de ambos os lados. O momento é propício para o avanço, será nas ruas e na luta que a esquerda desse país pode avançar para que possamos ter um país justo, com igualdade social e democracia participativa que valorize e garanta as demandas reais do povo.

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