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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

ESTADOS UNIDOS: POTÊNCIA MUNDIAL E POPULAÇÃO FAMINTA

Segundo relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado recentemente, o país possui quase 50 milhões de estadunidenses que ficam sem comer ou comem mal. Os dados são referentes ao ano de 2008. Entretanto, com a Crise Econômica Mundial que teve seu pico no ano 2009, essa situação deve ter se agravado ainda mais. Segundo a Revista Retratos do Brasil, que publicou matéria no país, a população faminta dos Estados é maior de que toda população da Argentina.

O Departamento de Agricultura esclareceu que suas contas são apenas levantamentos estatísticos. Portanto, a situação pode ser muito pior do que os dados estão mostrando. Apesar de Obama afirmar que os resultados da pesquisa são preocupantes, pouco tem sido feito para assistir essa população que necessita da ação direta do Estado.

Os Estados Unidos foram um dos países mais atingidos pela Crise, fato que gerou milhares de demissões a partir do anúncio de falência ou de crise nas vendas das empresas. A quebradeira geral que ocorreu resultado da política de especulação financeira irresponsável dos grandes empresários gerou muito lucro para eles, mas com graves conseqüências sociais. O Governo de Obama, em vez de punir os especuladores, que cometerem crime contra a ordem econômica, abriu os cofres do Estado para presenteá-los com trilhões de dólares em financiamento público para não falirem. Enquanto isso, milhões de trabalhadores perderam seus empregos sem nenhuma ação concreta do Estado estadunidense.

Os empresários especulam, lucram muito com a especulação, entram em falência em função disse, promovem demissão de milhões de trabalhadores que passam a viver em situações difíceis e são presenteados com dinheiro do Estado. Enquanto isso, os milhões de estadunidenses que vivem nas ruas do país passam situações, cada dia mais difícil.

A fome, atualmente, não atinge apenas os sem-tetos, mas toda a família que corresponde a 22,5% do toda as famílias estadunidenses. O número de crianças que vivem em situação de insegurança alimentar, segundo o relatório, subia de 2007 para 2008 de 13 milhões para 17 milhões. As pessoas que procuram os refeitórios populares subia de 20% para 55% da população.

Enquanto isso, o relatório aponta que os ricos do país, entre 1979 a 2005, aumentaram suas riquezas em 200%. A relação do Governo com essa parcela da população vem provocando essa disparidade social no país. Considerar os Estados Unidos como grande potência econômica e militar mundial ainda é possível. Entretanto, as condições de desenvolvimento da população começa a ficar cada vez mais distante do modelo de bem-estar-social pregado pelo cinema de Hollywood. Mesmo no “coração” do capitalismo mundial é visível as contradições geradas por esse modelo que provoca, em qualquer lugar da terra, pobreza, miséria, exclusão e concentração de riquezas.

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