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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

População dá nota 1,4 ao governo Déda na educação



Autor // Caroline Santos

As pessoas que estiveram hoje no calçadão da rua João Pessoa puderam responder a uma enquete preparada pelo SINTESE com a seguinte pergunta: qual a nota que você dá ao governador Marcelo Déda na gestão da Educação Pública do Estado de Sergipe?

Foram 349 cidadãos e cidadãs ministraram notas que resultaram numa média de 1,4. Os professores da rede estadual no dia 29 apresentaram uma média 3,0 do governo Déda. “Isso mostra que a população está atenta ao que acontece na Educação de nosso Estado. Pais, mães e responsáveis sabem o que os alunos, funcionários e professores sofrem no dia-a-dia das escolas”, afirma Ângela Maria de Melo, presidenta do SINTESE.

“Eu dei zero. As escolas estão com problemas e os professores lutaram tanto pelo piso e agora estão sendo desrespeitados. Minha neta estuda em escola pública e eu quero o melhor para ela, mas infelizmente o governador não está fazendo a parte dele”, disse Maria Edileuza Gomes Santos.

A enquete fez parte do ato público que os professores da rede estadual participaram na manhã desta quinta-feira contra a lei complementar 213/2011 que rompe a unicidade da carreira e põe em risco o reajuste do piso para todos os professores e também causa prejuízos na progressão vertical.

O objetivo do ato foi dialogar com a população de forma mais próxima sobre os prejuízos que a lei complementar 213/2011 traz para o professor da rede estadual. Os professores não aceitam a quebra da unicidade da carreira. O reajuste do piso deve ser para todos.

No início do ano letivo o SINTESE marcará nova assembleia. Caso o reajuste do piso não se dê igualmente para todos os educadores a possibilidade de greve já nas primeiras semanas de aulas de 2012 não está descartada.

A professora aposentada da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, Sandra Martins de Souza e o estudante de Filosofia também da UFRJ José Cássio aplaudiram a iniciativa dos educadores de Sergipe.

Eles contam que estavam a caminho da rodoviária velha, pois vão a Laranjeiras conferir a abertura do festival de artes do município quando ouviram as falas dos professores. “Não podemos deixar de conferir, sempre buscamos participar de atos públicos em defesa da valorização dos professores não só do ensino superior, mas principalmente da Educação Básica. A forma de vocês protestarem é muito criativa”, disse Sandra.

Ação de Inconstitucionalidade

O SINTESE deu entrada, no último dia 29, em uma ação judicial no Tribunal de Justiça arguindo a inconstitucionalidade da Lei Complementar 213/2011.

Um dos argumentos é que a lei não poderia ter sido aprovada na Assembleia Legislativa. Segundo a Constituição Estadual uma Lei Complementar precisa de 13 votos para ser aprovada, só que o deputado estadual Zeca da Silva, apesar de ter votado, estava em situação irregular. Ele estava exercendo duas funções: secretário de Estado e deputado, o que é totalmente vedado pela Constituição. Considerando esse fato o então projeto de lei só teve 12 votos, o que não seria suficiente para a sua aprovação.

Bloco no Pré-Caju

Os professores e as professoras decidiram transformar a indignação e a revolta em ações e lutas para que seja assegurado o mesmo índice de 22,22% para todos os níveis da carreira. Por isso no dia 20 de janeiro, sexta-feira, sairá às ruas em pleno Pré-Caju o bloco “Pisados por Déda e Esmagados pelos Deputados”.

Os filiados ao sindicato podem reservar os abadas (com direito a 1 acompanhante) até dia 15 de janeiro na sede do SINTESE. A entrega será feita nos dias 18 e 19. A animação ficará por conta da banda Bacanas do Frevo que arrasta o bloco Zé Pereira do carnaval de Neópolis. A concentração será no dia 20 a partir das 19h na sede do SINTESE.

Fonte: www.sintese.org.br

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