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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Em Sergipe, 96% dos trabalhadores dizem “NÃO” ao Imposto Sindical




Entre os dias 30 de março a 15 de maio, mais de 1.100 trabalhadores, de todos os cantos de Sergipe, se mobilizaram para o Plebiscito pelo fim do Imposto Sindical, organizado pela Central Única dos Trabalhadores.

Com uma votação expressiva, professores, servidores públicos de varias categorias, trabalhadores da iniciativa privada mostraram que a luta pelo fim do imposto sindical tem de fundo um debate mais aprofundando, da própria concepção sindical que tem na base o direcionamento das suas ações, na orientação política e no financiamento da entidade.

O fim deste tributo, que desconta um dia de salário por ano de todos/as trabalhadores/as que têm carteira assinada, é fundamental para a classe trabalhadora brasileira conquistar a liberdade e a autonomia sindicais, bandeiras históricas que fazem parte dos princípios de criação da Central. "Já fizemos várias lutas contra a cobrança. A diferença, este ano, é que a CUT decidiu consultar diretamente os maiores interessados para saber o que acham do imposto, indo às ruas, falando com os/as trabalhadores/as em locais de grande concentração, onde estivemos com a militância CUTista nas portas de fábricas, de centros de compras e em todos os locais de trabalho, e conseguimos pautar essa discussão, o nosso resultado é um símbolo disso", explicou Roberto.

A professora Ivonia Ferreira, Secretária de finanças da CUT-SE e uma das responsáveis pelo Plebiscito no Estado, avalia como positiva a adesão dos trabalhadores à campanha promovida pela CUT.

“Os trabalhadores entenderam que a Campanha pelo Fim do Imposto Sindical, promovida pela CUT, gira em torno do fortalecimento da organização dos trabalhadores e não da partilha dos trabalhadores. A disputa que vem existindo pelo Imposto Sindical vem gerando uma fragmentação no universo sindical. As reivindicações deixaram de ser pela defesa da classe trabalhadora e passaram a ser por questões meramente financeiras, criando sindicatos e centrais que se não originam pela defesa dos trabalhadores”, afirma Ivonia.

Segundo o Ministério do Trabalho, em 2011 foi recolhido R$ 1,6 bilhão dos trabalhadores com o imposto. Pouco mais de R$ 115 milhões foram repassados às centrais. O resto é dividido entre sindicatos, federações e confederações e o Ministério do Trabalho. A proposta da CUT é trocar o imposto por uma contribuição voluntária, com valor votado em assembleia. Dessa forma, os próprios trabalhadores decidiriam com qual percentual a categoria iria empenhar para manter a estrutura sindical. Sem o dinheiro fácil do imposto, sindicatos que não têm nenhuma luta ou representatividade estão fadados a desaparecer ou dar lugar a diretorias comprometidas com as lutas de suas categorias.

Resultado Plebiscito pelo Fim do Imposto Sindical em Sergipe:

Brancos – 13 ............... 1,2%

Nulos – 0 ..................... 0,0%

SIM – 27 ..................... 2,4%

NÃO – 1080 ............... 96,4%

Total de Votantes: 1.120

Fonte: site da CUT Sergipe

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