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segunda-feira, 9 de julho de 2012

O preço das privatizações para população, a hora da vez: os aeroportos

A privatização corresponde a um processo de concessão de empresas estatal para o controle da iniciativa privada. Os capitalistas, defensores da privatização, defendem a ideia de que esse processo é importante para oxigenar a máquina pública. Para esses defensores, o Estado é pesado e a privatização deixa as empresas, que passam por esse processo, leves. Mas a realidade é bem outra quando verificamos os exemplos recentes no Brasil do processo de privatização.


A privatização dos aeroportos pode ser analisada para que possamos entender a farsa dos benefícios desse processo. Estamos em São Paulo no Congresso Nacional da CUT. Sairmos de Aracaju as 02h do domingo, dia 08 de julho e chegamos em São Paulo, aeroporto de Guarulhos que foi privatizado pelo Governo Dilma, as 05h. O grave desse processo foi a espera pelas bagagens que teve uma demora de mais de 1h para ser entregues aos passageiros. Essa situação jamais aconteceria quando o aeroporto estava sobre controle da Infraero quando o tempo de espera para receber as bagagens não passava de 10 minutos.

Esse exemplo do aeroporto de Guarulhos São Paulo é parecido com a situação da telefonia celular que, em alguns momentos do dia, ninguém consegue fazer uma ligação. O discurso dos privatistas na época do Governo de Fernando Henrique Cardoso era a melhoria e o barateamento dos serviços. Mas os resultados dessa afirmação a população sabe que é bem outra, os péssimos serviços e os altos preços das ligações demonstra que os privatistas apenas queriam assumir controle de empresas lucrativas sem importa-se com a qualidade dos serviços. Chama atenção que a imprensa denuncia o tempo todo problemas de serviços quando a empresa é pública, mas quando passa a ser privada não vemos uma vírgula sobre o caso. O caos no aeroporto de Guarulhos é um claro exemplo desse silêncio.

Podemos apontar aqui outros exemplos como a privatização das empresas de energia onde os caos nos serviços agravam a cada dia. Os sindicatos dos eletricitários têm denunciado a precarização e a rotatividade do emprego piorando a qualidade dos serviços prestados a população.

Vale registrar que outra grave realidade das privatizações é o desemprego em massa dos servidores públicos que trabalhava nas empresas, quando pública. Esses servidores são demitidos para reduzir os custos das empresas privatizadas, reduzindo o número de empregados. É ai um dos elementos dos péssimos serviços prestados pelas empresas privatizadas. A situação dos aeroportos, da telefonia, da energia demonstra bem que privatizar não é o caminho. O Estado deve investir nas empresas públicas para que possam garantir serviços à população com qualidade cada vez melhor.

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