Em 31 de março de 1964 o Brasil sofria um Golpe de Estado levando ao poder da república as forças armadas brasileiras, que espalhariam terror, perseguição, morte, tortura, estupros, medo e atraso no Brasil por longos 21 anos.
Neste 31 de março, de infeliz memória, devemos lembrar que atualmente ESTÁ EM MARCHA MAIS UMA TENTATIVA DE GOLPE, não por nossas forças armadas, mas um golpe dado por instituições que deveriam zelar pela normalidade institucional, como partidos políticos que estiveram ao lado das lutas democráticas em passado recente, setores da OAB, setores do judiciário e setores da mídia, principalmente a Rede Globo de Televisão, que não esconde em seus noticiários seu caráter antidemocrático e nazifascista, sua obstinação em golpear a democracia brasileira, mais uma vez.
Na linha de frente do GOLPE, personalidades suspeitas e investigadas por corrupção, como o presidente da Câmara Federal, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ) e o senador mineiro Aécio Neves, citado várias vezes na Operação Lava Jato. Parlamentares que ficarão para a história pelo mal que fizeram, não pelo bem. À história, caberá colocá-los em seu lugar de vergonha.
Breve história dos golpes
O primeiro Golpe dado no mundo foi na França, por Napoleão Bonaparte, o Golpe do 18 Brumário, que foi usado para consolidar sua governança na França. Outros ocorreram, em vários continentes do mundo, mas registramos o golpe militar de Pinochet, no Chile, que destituiu e matou o progressista Salvador Allende, o primeiro presidente marxista a chegar ao poder através das urnas.
No Brasil, esse perverso instituto foi inaugurado com a República, em 1989, quando o Marechal Deodoro da Fonseca derrubou o império com o apoio das forças conservadoras da época. Em 1937, Getúlio Vargas, que assumira o poder em 1930, deu um Golpe para elevar e prolongar seus poderes de mandatário, abrindo o período do Estado Novo. Um período marcado por perseguição e censura com a criação do DIP – Departamento de Imprensa e propaganda.
Em 1964, o mais longo GOLPE de nossa história.
No auge da Guerra Fria, protagonizada pela disputa geopolítica entre EUA e URSS, o Brasil, alinhado aos EUA, era visto como uma influência negativa na América Latina em razão dos propósitos “comunistas” do então presidente João Goulart, que pregava Reformas de Base com a reestruturação de uma série de setores econômicos e sociais que visavam alterações bancárias, fiscais, urbanas, administrativas, agrárias, universitárias e oferecer o direito de voto para analfabetos. Vejam artigo do portal Uol:
“Casamento de empreiteiras com poder começou com JK e teve lua de mel na ditadura
O casamento harmonioso das empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato com as obras públicas é mais antigo do que muitos pensam: começou no governo Juscelino Kubitschek (1955-1960) e teve sua "lua-de-mel" na ditadura militar (1964-1985). Essa é a análise de especialistas ouvidos pelo UOL e que fizeram uma retrospectiva sobre a história das empreiteiras no Brasil.
Autor da tese de doutorado "A ditadura dos empreiteiros", o historiador Pedro Campos avalia que, no regime militar, as empreiteiras começaram a se nacionalizar e se organizaram, ganhando força no cenário político e econômico. Para isso, elas criaram associações e sindicatos.
"Até a década de 50, eram construtoras que tinham seus limites no território do Estado ou região. O que acontece de JK pra cá é que eles se infiltraram em Brasília", explica Campos, professor do Departamento de História e Relações Internacionais da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). A construção de Brasília, fundada em 1961, foi um marco para a história das construtoras: foi a partir de então que elas se uniram. "Ali, reuniram-se empreiteiras de vários Estados e começaram a manter contato, se organizar politicamente. Depois, passaram pelo planejamento da tomada de poder dos militares e pautaram as políticas públicas do país."
Com a chegada ao poder dos militares, as empreiteiras passaram a ganhar contratos do governo muito mais volumosos que os atuais. "Se eles eram grandes, cresceram exponencialmente no regime militar. Se elas hoje são muito poderosas, ricas e têm um porte econômico como construtoras, posso dizer que elas eram maiores. O volume de investimentos em obras públicas era muito maior. Digamos que foi uma lua-de-mel bastante farta e prazerosa", comentou.
Entre as centenas de obras feitas no período miliar, há casos emblemáticos como a ponte Rio-Niterói, que foi feita por um consórcio que envolveu Camargo Corrêa e Mendes Junior entre 1968 e 1974. Já a Hidrelétrica Binacional de Itaipu, que teve o tratado assinado em 1973 e foi inaugurada em 1982, foi feira pelas construtoras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior. As mesmas Mendes Júnior e a Camargo Corrêa Transamazônica, que começou em 1970 foi inaugurada, incompleta, em 1972.
Apesar de denúncias de pagamento de propina terem sido escancaradas com a operação Lava Jato da Polícia Federal, o historiador acredita que a corrupção envolvendo empresários da construção e políticos é antiga. "Todos os indícios são de que a corrupção não aumentou. O que a gente tem hoje é uma série de mecanismos de fiscalização que expõe mais, bem maior do que havia antes. Na ditadura não tinha muitos mecanismos fiscalizadores, e que o havia era limitado", afirmou.”
NÃO VAI TER GOLPE EM 2016, VAI TER LUTA!
Novamente, as forças conservadoras e reacionárias se levantaram, agora em torno da TFP (Tradição, Família e Propriedade), entidade pautada na tradição católica e no combate às ideias maçônicas, socialistas e comunistas. E em 31 de março de 1964 veio o Golpe Militar, que atiraria o Brasil em um período de crueldades por longos 21 anos. Novamente, as forças mesquinhas querem o Brasil para si, mas o Brasil é para todos e de todos.
Com informações: http://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2014/11/21/casamento-de-empreiteiras-com-poder-comecou-com-jk-e-teve-lua-de-mel-na-ditadura.htm